Se a força surgisse dos nossos medos, ódios e desabores eu admitia! Admitia que sou fraco, se daí conseguisse retirar forças.
Deixaria verter lágrimas dos meus sofridos olhos, da minha sofrida alma. Mas, por mais que as lágrimas queiram sair para libertar a parte sofrida que existe em nós existe sempre algo que as faz ficarem retidas. Um sentimento que as fazem ficarem prisioneiras do olhar. Dando-nos a sensação de estarmos encurralados em nós próprios.
Como se existisse uma outra pessoa dentro de nós que não quer dar o braço a torcer, que quer demonstrar que é forte, que consegue suportar tudo e todos, vivendo assim numa eterna prisão de solidão.
O problema é que não é a solidão que nos aprisiona, nos é que nos refugiamos nela a procura de abrigo.
Infelizmente somos assim...