Criando um mundo à minha medida... -"Grande mundo!!! Tu só medes 1.80"...

Quinta-feira, 28 de Fevereiro de 2008

Será que sou um ser hediondo no que diz respeito a sentimentos? Pelo simples facto de não ser capaz de admitir que amo, que quero amar e ser amado, que quero ser feliz e partilhar a minha felicidade??

Pois não sei bem ao certo…

 

Fujo do amor como quem foge à própria morte! Mas assim sou eu, um ser com inúmeros medos, como por exemplo ficar só, amar, medo de ser desejado e desejar, mas o único medo que inúmeras pessoas possuem e que a mim é me indiferente é a morte. A maioria das pessoas vê a morte como o final, como o terror da vida, a passagem de momentos gloriosos e memoráveis para um final monótono e enfadonho, no meu caso é o contrario. Antes prefiro descansar do que andar assim, com medo do que a vida me reserva, esperando que o dia seguinte seja pior ou melhor do que este, em que supostamente deveria estar a viver e não a sobreviver.

Nestes dias em que o tempo é muito e a ocupação pouca, tenho estado a pensar no meu percurso amoroso e todo o seu histórico de vida. Não é que eu possua um histórico amoroso longo, bem pelo contrário, até porque deveria rever o nome, não deveria ser histórico amoroso, mas sim, suposto histórico. Pois para ser sincero nunca tive um AMOR, como é descrito pela própria palavra. Apenas já senti atracção, já senti amizades bastantes especiais, já confundi sentimentos, já errei… Mas dos meus erros, o maior deles todos é fugir ao próprio amor, tentar libertar-me de um suposto amor, fugir de atracções físicas e intelectuais fugir de tudo pelo qual me possa vir a apaixonar.

Já menti a tanta gente devido a este mesmo medo.. Já disse que só gostava de pessoas mais velhas, já disse que gostava apenas de pessoas mais novas, já fingi ter alguém, já disse ser homossexual, já disse ser heterossexual, já inventei que apenas estava de passagem, já inventei mil e uma desculpas para afastar quem me amava.

Nunca percebi bem o porque de eu não conseguir dizer eu amo-te, onde estará a dificuldade de eu dizer estas mesmas palavras, será que tenho medo do grau de intensidade ou a falta do mesmo para quem esta a ouvir.

Será porque sou uma pessoa de sentimentos e não digo esta mesma palavra apenas por divertimento ou porque sei que quem está comigo deseja a ouvir e eu digo apenas por dizer..

Estas questões e dilemas fazem-me afastar as pessoas de tal maneira que fico assim, sem reacção, preocupado como o que a pessoa deverá estar a sentir neste mesmo momento, em que a dor da rejeição é tão forte como o próprio aço, que arde dentro de si como uma brasa em chama e que, apenas com o tempo esse ardor é apaziguado e esquecido, mas deixando sempre lá a marca de dor..    

Gostava de saber o porquê da minha existência, já passaram alguns anos desde a minha aparição e até hoje, ainda não consegui entender o que faço neste mundo. Olho e vejo o mundo a girar, os dias a sucederem-se uns a seguir aos outros, eu a envelhecer e comigo a solidão. Sinto-me como um simples pedaço de calcário que apenas está a formar-se para viver a vida sempre no mesmo sítio, nunca pertencendo a nenhuma construção ou obra, apenas ganhando musgo e servindo de acento para muitos..

Gostava de ser diferente, gostava de pudesse existir pequenas, mas drásticas modificações no meu ser, deixando os medos serem repartidos pela sociedade e que apenas ficasse com os bocadinhos bons que ainda conseguem prevalecer dentro de mim. Sei que pareço egoísta e que apenas preocupo-me apenas comigo mas, durante 18 anos apenas preocupei-me com aqueles que me rodeiam, deixando-me moldar na escultura em que apresento-me hoje. Escultura não em pedra mas sim de areia, que a qualquer momento dissipa-se no ar…..   

música: Natasha Bedingfield - Soumate
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publicado por EA às 11:41

Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2008

Fico feliz por saber que afinal perdoas meus erros, que ainda não te esqueceste que existo. Nisto tudo só querias era mais espaço para poderes reflectir acerca de algo que para ti ainda não estava esclarecido.

Sinto o frio dos teus lábios a passarem suavemente pelo meu corpo, sinto as tuas suaves e frias mãos percorrerem o meu cansado e fatigado corpo. Adoro saber que me amas e que estas aqui a meu lado.

Sinto o cheiro de chocolate que a pouco e pouco derramas sobre meu corpo, sinto cócegas e liberto gargalhadas devido a tua língua que tanta comichão faz no meu abdómen. Sobes devagarinho e com delicadeza levando-me a loucura, querendo que rapidamente chegues aos meus ansiosos lábios e que os satisfaças com tua paixão.

Partilhas comigo a fruta que mais prazer te dá, morangos com chantilly. Humm, faz-me lembrar os filmes, que tanto me fazem rir e ao mesmo tempo sonhar. Filmes estes, onde tudo começa com um jantar num restaurante, com direito a música de piano, música essa que tanto adoro e que tanto liberta os meus sonhos de sua clausura…

Gostava de eternizar este momento, não apenas guarda-lo na memória, mas sim pode-lo repetir mais outras vezes.. Apenas deste momento quero guardar o sorriso parvo e satisfatório deste momento, quero que este sorriso sirva para fazer-me esquecer todo o que possa ter acontecido e que ainda possa acontecer.

Será este mesmo sorriso que irei presentear-te todos os dias quando te vir... Adoro-te..     

música: Unkle - Rabbit in your headlights
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publicado por EA às 21:02

Quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2008

Voltei a errar, a sentir aquele sentimento que com tanto esforço e o amor daqueles que realmente me amam tinha conseguido retirar do coração onde estava cravado.

Mas porque será que nunca consegui-o ser um bocado, nem que seja pequeno, feliz?? Sempre que dou um passo em frente tenho medo de errar e recuo logo dois para trás, o medo de errar parece estar cada vez maior, desde que hoje voltei a magoar pessoas amadas acho que nunca mais errei ser capaz de ser o ser que eu tanto desejo alcançar. Sou fraco, um miúdo que nunca irá querer sair à rua com medo do escuro, ou então do género, ter medo que haja algo de mal que me possa acontecer. Sou um hipócrita quando digo a quem realmente me ama que estou bem, quando realmente estou tão no fundo do poço, precisando que alguém me estenda a mão, que me puxe pois sinto que as força são cada vez menos…

Hoje, agora mesmo antes de iniciar, desejei que finalmente tivesse o meu carro. Assim iria para a praia, mesmo a chover para gritar e desabafar com as dunas, que pouco ao nada me conhecem mas que tanto por mim fazem.. Queria libertar os meus problemas no mar, sentar-me na areia e esta irrigar o meu corpo. Quem me dera que tivesse um ataque de hipotermia para levar-me deste mundo.. Queria chorar, queria libertar o medo, queria soltar a fera ferida que tenho dentro de mim. Mas como sempre, para mim isso parece quase impossível.

Se Deus existe mesmo, ou alguma força ou espiritualidade divina, como acredito, gostava de saber o porque do meu medo, o porque de tanto sofrimento desmedido.

Às vezes penso que sou mal agradecido. Tenho roupas, tenho casa, tenho comer em cima da mesa, tenho um computador. Tenho estes bens todos que para muita gente são considerados luxos e que para nós, são apenas bens de necessidade básica, aos quais sem eles já não conseguimos viver.

Sinto-me tão mal por ver como sou mau comigo e principalmente, mau com quem gosta realmente de mim. O medo faz com que eu os afaste e que fique sempre só. Solidão que eu tento afastar, mas que a pouco e pouco, eu próprio crio-a e dou-lhe largas para se expandir para quem mais gosto.

Gostava que um dia, um único dia, fosse capaz de fazer algo que acabasse com este sofrimento nem que isso fosse, acabar com a minha vida, dar descanso ao espírito cansado que tenho dentro de mim…   

sinto-me:
música: Sarah McLachlan - Angel
publicado por EA às 17:04

Quinta-feira, 14 de Fevereiro de 2008

Aprendi a chorar.

Aprendi a atribuir o meu próprio valor e não o valor que me queriam atribuir.

Aprendi que se não tens uns bonitos olhos e uma cara apetecível és deixado para trás. Mesmo se tiveres, és deixado na mesma.

Primeiro analisam-te pelo sobrenome e só depois pelo nome.

A tua conta bancária é tomada em conta e não as tuas competências.

Os sentimentos são ridicularizados.. O que conta é beber até cair e depois uma suposta boa noite de sexo. O que é capaz de ser improvável devido ao nível de álcool que já acarretas no corpo.

Aprendi que por mais tempo que viva estes factos dificilmente são alterados, a sociedade encarrega-se de os manter em linha primordial.

Não podemos ser chamados de ratos por não tentar mudar estes conceitos.. Pois estes, a uma determinada altura aprendem a chegar ao fim do labirinto e aproveitar o prémio final, enquanto que nós estamos sempre às voltas no labirinto e nunca alcançamos o prémio…

sinto-me:
música: Goldfrapp - deer stop
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publicado por EA às 14:24

Terça-feira, 05 de Fevereiro de 2008

No dia em que mais chorei… No dia em que menos sorri… No dia em que o céu parecia cair a meus pés e tudo a meu redor estava estranho…. Encontrei-te…

Vinhas lá do fundo, onde o olhar se perde e as rochas ocultam tua presença. Apareceste a minha procura. Sentiste por momentos a falta de alguém que te compreenda como até hoje tiveste, alguém que soube dar importância aos teus problemas e que sempre te apoiou, sem nunca pedir nada em troca.

Querias fazer as pazes.. Querias voltar, alegando que a tua vida sem mim não era vida, apenas algo sem sentido nem rumo, onde vagueavas à procura de algo que conseguisse preencher o vazio que tu própria criaste quando me afastaste de ti..

Deixei de lado rancores e orgulhos, deixei para trás uma pessoa que tinha prometido criar, que nunca mais iria preocupar-se contigo ou dar-te mais valor para além daquele que possuis.

Mas senti a tua falta, não nego… A minha vida não estava fácil e precisava de estar com alguém. Ainda sinto por ti, o amor que tanto tentei arrancar do meu peito, que fez com que passasse tantas noites em claro a olhar-me ao espelho, desejando ter uma morte fulminante.

Vou dar-te outra hipótese, sabendo desde já que será mais uma em vão, gostava tanto que não fosse, que realmente fosse verdade, que tivesses mudado. Antigamente não eras esta pessoa que tanto ódio e rancor trás dentro do peito. Queria que voltasses a ser a pessoa que conhecia em tempos, repleta de ideias e fantasias por realizar, adorava ouvir as tuas histórias, mesmo sendo disparatadas eram algo que me faziam sonhar e que sentia ser um estimulo para ti…

Gostava que por vezes não fossemos seres mutáveis e imprevisíveis. Gostava de ter um dedinho que conseguisse prever o que ainda guardado para nós… 

sinto-me:
música: Leona Lewis
publicado por EA às 20:46

Sexta-feira, 01 de Fevereiro de 2008

Aqui estou, sentado dentro desta casa que abriga a minha dor, a tua falta a minha paixão. Olho para o céu que se encontra estrelado. Penso de como seria bom partilhar este momento, de poder ter uma conversa agradável, de como deveria ser, ver-te com a luz do luar.

Com o dedo, faço pequenos círculos de açúcar que se encontra em cima desta pequena mesa, onde deixei o café quente que estava a tomar. Sonho como tudo poderia ser diferente, de como mudei e não te avisei, de como nem eu me apercebi que estava a mudar… Os avisos eram constantes, mas nunca dei o devido significado a eles, pensei que estava melhor, que apenas não estavam habituados a um novo eu…

Agora, enrolado a este cobertor vejo que tinham razão, que a minha mudança tinha sido radical e regressiva…

Mas hoje recebi uma mensagem que deixou-me contente, amigos importante dando-me força para não desistir, que eu sou demasiado importante para ir a baixo.. Acho que era o que precisava de ouvir. As suas repreensões foram verdadeiras mas, o mais importante foi, não me deixarem a lutar sozinho…

Agora ao ler a mensagem começo a ver que ainda bem que existem e, como é bom ser algo de especial para alguém… Acho que o que me falta para ultrapassar esta fase por completo é ter-te comigo, do teu apoio e dedicação, do teu sentido de humor, de apenas te ter aqui…

Irei continuar a espera de ti, quer venhas ou não.. Posso até percorrer outros caminhos que me conduzam a novos desafios, mas em principio, não irei esquecer-te tão depressa…

Agora vou mas é acabar o café e voltar para dentro, o frio começa a apertar…

sinto-me:
música: Tiago Bettencourt - O campo
publicado por EA às 11:50

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