No dia em que mais chorei… No dia em que menos sorri… No dia em que o céu parecia cair a meus pés e tudo a meu redor estava estranho…. Encontrei-te…
Vinhas lá do fundo, onde o olhar se perde e as rochas ocultam tua presença. Apareceste a minha procura. Sentiste por momentos a falta de alguém que te compreenda como até hoje tiveste, alguém que soube dar importância aos teus problemas e que sempre te apoiou, sem nunca pedir nada em troca.
Querias fazer as pazes.. Querias voltar, alegando que a tua vida sem mim não era vida, apenas algo sem sentido nem rumo, onde vagueavas à procura de algo que conseguisse preencher o vazio que tu própria criaste quando me afastaste de ti..
Deixei de lado rancores e orgulhos, deixei para trás uma pessoa que tinha prometido criar, que nunca mais iria preocupar-se contigo ou dar-te mais valor para além daquele que possuis.
Mas senti a tua falta, não nego… A minha vida não estava fácil e precisava de estar com alguém. Ainda sinto por ti, o amor que tanto tentei arrancar do meu peito, que fez com que passasse tantas noites em claro a olhar-me ao espelho, desejando ter uma morte fulminante.
Vou dar-te outra hipótese, sabendo desde já que será mais uma em vão, gostava tanto que não fosse, que realmente fosse verdade, que tivesses mudado. Antigamente não eras esta pessoa que tanto ódio e rancor trás dentro do peito. Queria que voltasses a ser a pessoa que conhecia em tempos, repleta de ideias e fantasias por realizar, adorava ouvir as tuas histórias, mesmo sendo disparatadas eram algo que me faziam sonhar e que sentia ser um estimulo para ti…
Gostava que por vezes não fossemos seres mutáveis e imprevisíveis. Gostava de ter um dedinho que conseguisse prever o que ainda guardado para nós…